Maroon 5 e Coldplay agitam o Rock In Rio (Parte II)
Você confere agora a segunda parte da resenha do penúltimo dia do maior festival do Planeta Terra. Agora com as bandas Maroon 5 e Coldplay, que encerraram o 6º dia do evento com maestria!
Depois do pulo você confere os resumos...
Maroon 5 (Foto Oficial do Rock In Rio) |
O público, que reagiu muito bem ao início do show aberto com 'Moves Like Jagger', já não correspondeu tão bem assim à boa música. Uma sequência de oito canções que excluiu os grandes hits do disco 'Songs About Jane', de 2002, fez a plateia cativa por sucessos ir caminhando para a apatia. A energia só voltou em peso com o sucesso 'This Love'.
Um outro fator que contribuiu para a redução da empolgação popular durante alguns momentos do show foi o baixo volume com o qual o som chegava às areas mais afastadas da arena. Muitos reclamavam do som por ficarem constrangidos de cantar mais alto do que aquilo que saia das caixas.
Maroon 5 (Foto Oficial do Rock In Rio) |
Aos poucos, o hit que está entre os maiores do grupo foi ganhando instrumentos e crescendo progressivamente, mas sem chegar a explodir. Pela primeira vez no dia, quebrando os costumes, um grande show terminou de forma simples, na tranquilidade, sem muito estardalhaço.
Antes de deixar o palco, o vocalista agradeceu muito aos fãs pelo grande momento e pareceu deslumbrado com o pouco que viu do público brasileiro, o maior da história da banda em um único show. Já a plateia, principalmente a que estava mais próxima do palco, retribuiu com grande gratidão, aplaudinho o Maroon 5 por um longo tempo
Coldplay (Foto Oficial do Rock In Rio) |
Antes do show começar, como com todos os artistas que tem diversos hits na manga e passaram pelo Palco Mundo, o público parecia estar ganho. Ao iluminar das primeiras luzes coloridas e estourar dos primeiros fogos de artifício eles tinham a plateia na mão, e com as palmas da mão pra cima, tocando os primeiros acordes de 'Mylo Xyloto', dando o tom da apresentação, que abusaria, e muito, dos efeitos visuais para conquistar o público.
A primeira música dá nome ao novo disco do grupo, que será lançado no próximo dia 24 de outubro, e a banda precisava aproveitar o momento para apresentar o trabalho para o público, mesmo com a galera que veio comprar sua camiseta "Eu Fui" não sabendo cantar as novas canções. O que poderia ser um empecilho para a banda ganhar a noite, não foi, dependendo do ponto de vista.
Coldplay (Foto Oficial do Rock In Rio) |
Sabendo o que encontraria no Rock in Rio, eles prepararam um show a altura da ocasião, mesclando muito bem músicas do passado e do presente, para as milhares de pessoas que assistiam o show no Rio de Janeiro e os milhões que os acompanhavam pela TV e internet.
O setlist foi escolhido para deixar a plateia bater palmas, dar pulinhos, cantar em uníssono para sentir a energia do show. E os efeitos especiais preparados para a ocasião, serviram para dar uma força e deixar o público hipnotizado. Isso explicam as músicas privilegiarem todos os singles do disco ‘A Rush of Blood to the Head’, que estão há nove anos tocando nas rádios de todo o mundo e fez da banda mainstream.
A plateia não entendeu muito bem a primeira música, mas foi prontamente agradada por ‘Yellow’, que colocou o público com as mãos para cima nas luzes amarelas do festival e ‘In My Place’, sob a chuva de papel colorido e a pichação de Chris Martin da palavra Rio (com coração no final) no palco do evento.
Com público domado, era hora de apresentar os singles novos. Antes de qualquer um pensar em desanimar por não estar cantando junto, era hora de emendar sussurros e gritinhos de todos com refrões grudentos das novas músicas, com seus 'ooh oooh' e 'uuhhh' 'uuuh', sempre com ajuda de efeitos visuais.
Para não esfriar o clima, a banda mandou na sequência as certeiras ‘God Put A Smile On Your Face’ e ‘The Scientist’, cantou ‘Mas que Nada’, falou em português, perguntando se estava tudo bem na esquerda, na direita, na frente ou no “fundão” – tirando suspiros do público que achou lindo ele se esforçar para falar em nossa língua.
Em seguida, era hora de seguir para ‘Us Against The World’, mais uma faixa que ainda não impactou de ‘Mylo Xyloto’, que, como era se esperar, não agradou tanto ao público na arena do Rock in Rio - ouviu-se até 'essas novas são meio chatas, né?', de pessoas da plateia. Com ‘Politik’, mesmo sendo do disoc A Rush of Blood to the Head, a falta de empolgação foi a mesma coisa.Seguindo com ‘Viva La Vida’, a banda teve de volta a plateia nas mãos, com o maior coro apoteótico de todo o show, da música que mais agrada as multidões. Porém, perdeu a empolgação novamente com as ensossas ‘Charlie Brown’ e ‘Life Is For Living’. Com luzes apagadas e dando a impressão de que se tratava do fim, até ouviu-se na plateia: “Já acabou? Só isso?”.
Ainda tinha o bis, com as manjadas 'Clocks' e 'Fix You', para levantar a plateia que mais uma vez transformou um show em karaokê esta noite. Neste tempo, ainda arriscou mais uma vez cantar 'Rehab' e homenagear Amy Winehouse. Ainda teve mais uma nova, 'Every Teardrop Is a Waterfall', que com Chris Martin empunhando uma bandeira do Brasil e fogos de artifícios e muitas cores, enganou musicalmente o público, que saiu da Cidade do Rock conquistado e visualmente hipnotizado.
No geral, tirando os belos efeitos visuais, enquanto a plateia hipnotizada adorava e esfriava em diversos momento, ficou claro que no palco a coisa estava repetitiva, com visuais demais e performance boa de menos. Mesmo com grandes músicas da banda no setlist, como 'Yellow', 'Politik', 'The Scientist', por exemplo. Mas fiquem tranquilos, o Coldplay aprendeu a como ser um headliner de sucesso e o público cantou junto e saiu feliz da Cidade do Rock.